Na teoria da relatividade de Einstein, o tempo se
acelera e desacerela quando passa por corpos massivos, como estrelas e
galáxias. Sendo assim, um segundo em marte não equivale a um segundo na terra
Em 1935, Einstein e Nathan Rosen deduziram que as
soluções das equações da relatividade geral permitiam a existência de pontes,
chamadas buracos de minhoca. Estas pontes unem regiões do espaço-tempo
distantes. Viajando pela ponte, pode-se mover mais rápido do que a luz viajando
pelo espaço-tempo normal.
Em 1963, o matemático Roy Patrick Kerr encontrou
uma solução das equações de Einstein para um buraco negro em rotação.
Nesta solução, o buraco negro não colapsa para um ponto, ou singularidade, como
previsto pelas equações para um buraco negro não rotante, mas sim em um anel de
nêutrons em rotação. Neste anel, a força centrífuga previne o colapso
gravitacional. Este anel é um buraco de minhoca que conecta não somente
regiões do espaço, mas também regiões do tempo, e poderia ser usado como
máquina do tempo. A maior dificuldade é a energia: uma máquina do tempo
necessita de uma quantidade imensa de energia. Seria necessario o uso da
energia nuclear de uma estrela, ou antimatéria. O segundo problema é de
estabilidade. Um buraco negro em rotação pode ser instável, se acreta massa.
Efeitos quânticos também podem acumular-se e destruir o redemoinho. Na verdade
a teoria prevê que os buracos de minhoca sobrevivem somente uma fração de tempo
tão curta que nem a luz consegue atravessá-lo. O outro grande problema de usar
um buraco negro como ponte é que a força de maré de um buraco negro estelar é
tão grande que despedaçaria qualquer corpo que se aproximasse do seu horizonte.
Portanto, embora teoricamente possível, uma viagem no tempo não é praticável.
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